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Tarde...

6.12.2010.














O futuro chega cedo
Demasiado cedo
O ontem já foi amanhã e hoje
Agora já não é. Foi.
E o hoje só o é agora. Amanhã é ontem.

Não existe futuro.
Nunca o espero.
O meu futuro é hoje. É agora. É já.
O amanhã só existe quando o vivo. Quando é hoje.
Até lá, não é. Será se for…

Hoje, sim. Melhor, agora. Já.
Cada instante meu.
Cada segundo que passa, vivo.
Não sei se viverei amanhã.
Por isso vivo, com todas as forças que tenho, cada agora, cada já.
Não guardo para logo.

É agora que sou.
Sou quem fui e quem sou.
Não sei se serei amanhã, o mesmo que hoje.
Hoje sou eu. Amanhã… Serei?

É neste pedaço ínfimo de tempo fugaz
que vivo o segundo, o milésimo de segundo
com a mesma força, a mesma vontade, a mesma alegria
com que outros querem viver o amanhã.

Se lá chegarem…
Se lá chegarem...
Se não deixarem o amanhã ser ontem
sem serem de verdade agora.
Se não for tarde

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Eu...

6.07.2010.













Eu sou o silêncio dentro do grito de mim mesma
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Silenciosa tarde...












Nesta silenciosa tarde o pensamento leva-me atá as pequenas coisas da vida. Penso sobre a suave brisa que balança as cortinas da janela, sobre o sol que se põe e sobre os meus sonhos que dariam histórias de livros. Penso na paz que este singelo momento me dá e a única palavra que pronuncio é obrigada. Agradeço por simples momentos e o silêncio permanece. As horas passam, há bastante tempo que não me preocupo com elas. Só que a cada segundo a mais de silêncio a vida passa por trás da janela desta casa, levando o tempo e as minhas histórias não contadas. Estou a navegar num barco solitário, guiada pelas estrelas e pelo vento. De que vale uma vida solitária, uma vida de reclusão? A vida pode ser melhor vivida se compartilharmos os simples momentos e navegarmos juntos rumo a um destino.
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Demasiado...

6.05.2010.












Nem eu me conheço...
Nem eu sei deveras para onde vou.
Demasiadas luzes. Demasiadas janelas por abrir no mundo e em mim.
Detesto o silêncio. O silêncio é constrangedor. Não sei ouvir o silêncio. Não gosto do silêncio porque pode dizer-me demasiado. Porque me pode fazer dizer demasiado. Mais do que quero...
Apareço e desapareço. Apareço e desapareço. Nunca fico. Nunca permaneço. Não sei parar. Parar é morrer e eu vivo. Em cada instante, vivo. Nada me chega. Nunca nada me chega.

Tenho um universo inteiro cá dentro e tão pouca terra cá fora para caminhar!
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Devaneios...

6.04.2010.

















Vagueia em mim uma tempestade incessante, risos, choros, sim e não. Sou e não sou num mesmo tempo. Vou e volto pela estrada conhecida. Encontro-me quando de mim fujo. A consciência apaga. A inconsciência acende.

Silêncio!!!

O silêncio de anos invoca a força da voz e grito. Grito em vão. Não importa, não serei omissa: olho o teclado e disparo a artilharia. Estou certa de que algum vento desviará os meus gritos para onde quero... para lá... longe, onde nem posso chegar.

O que se faz quando o coração se agita, as mãos esfriam, a saudade aperta e o medo cresce?

Medito... faço do meu quarto um oráculo contemplativo. Gosto de reservar-me no recolhimento das clausuras.
Estanco a corda do relógio e desconheço o mês, o dia, as horas. Basta-me o pensamento voando até... ele voltar.

Devaneios... sobram-me devaneios nesta noite que se arrasta, mas é tarde e estou com sono.
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À Deriva...

6.01.2010.
A manhã é cinzenta e triste!
Na tarde, o cansaço assola o peito
e à noite, as lágrimas nascem secas
envoltas na escuridão do silêncio!

O sentido das coisas dispersa-se
em fúrias loucas e moribundas
e nada, nada é suficiente, nada chega!

Mas o sono desperta-me, e no sonho vivo
completamente à deriva, planando
no mar, nas nuvens, no céu infinito!

Não sei se ando, se corro, se voo,
se nado num profundo oceano...
Não sei se oiço, se vejo, se cheiro
se falo, se como... se respiro!

Existo apenas, flutuando algures
no limiar do tempo,
num limbo esquecido!

Talvez tenha que me esquecer!
Perder de vez! Deixar de ser!
E encontrar-me neste mundo à deriva!


                              cdjsp
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